segunda-feira, junho 25

O ano do adeus

Essa talvez seja a maior lição que se tira de um intercâmbio longo. O fato é que estar um ano fora de casa se torna o ano do ADEUS.

Ontem fizeram 5 meses que eu cheguei, 5 meses de tchaus.
A gente sai de casa, sai do nosso país e dá muitos adeus. Adeus para os nossos pais, para os nossos amigos, nossa família, nossa vida. Mas não são só os adeus que percebemos, existem outros que passam despercebidos e depois de um certo tempo nós vamos sentir. Adeus para quem nós éramos. Adeus para muitos preconceitos e conceitos errados. Adeus para muitos princípios equivocados que nós tínhamos, barreiras que se criaram na nossa mente e a gente não percebia. O mundo muda na nossa visão, a cabeça abre.

E agora, os adeus talvez mais dolorosos, os adeus para os amigos que provavelmente nós não vamos voltar a ver nunca mais. Os amigos que são eternizados, mas que talvez demore anos e mais anos para nos vermos, isso se nos vermos de novo. É muito difícil, talvez a pior parte, ver todo mundo indo embora. A ficha cai. Um dia vou ser eu. Dando adeus MAIS UMA VEZ. Adeus a vida que eu com muito esforço estou construindo aqui. Adeus para talvez a pessoa que eu construí aqui. E vamos ter que voltar para a vida que nós tínhamos, com uma cabeça que não temos mais.

Sem dúvida a parte mais difícil de um intercâmbio é a volta. Não é a adaptação, não é a solidão. Eu sei que é a volta.

Não tem como por em palavras o sentimento que eu estou sentindo agora com o pessoal indo embora, voltando para casa. Eu acho que é MEDO, medo de verdade. UM MEDO QUE EU NÃO SEI DE ONDE VEM. Medo de ir embora, de dar o adeus mais dolorido de todos. Eu to mexida com isso tudo, muito estranho.

A gente aprende, faz parte.
Gac, para o In Australia (graças a Deus!)

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